domingo, 7 de setembro de 2008

Maiores Campeões do Automobilismo Catarinense - Alessandro Jean Weiss

Hoje, dia 7 de Setembro de 2008, completam exatos 10 anos que uma pessoa muito especial nos deixou: Alessandro Jean Weiss.
Alessandro Weiss começou sua carreira no Automobilismo em 1991, aos 19 anos de idade (influenciado por seu pai, Sr. Rodolfo Weiss, grande entusiasta e incentivador do Automobilismo), correndo com um Passat, e logo já se percebia que seria um grande piloto, pois seu estilo arrojado e extremamente técnico já o colocava, em seu primeiro ano, na condição de “estreante do ano”.
Alessandro foi Bi Catarinense de Marcas (1993 e 1994), Campeão da Copa Banco do Brasil (1994) e Campeão Brasileiro de Stock Car (Categoria “B”) em 1996.
Além destes títulos, Weiss obteve um 6º lugar nas Mil Milhas Brasileiras em 1993 (Categoria até 2.000cc), 7º lugar no Campeonato Brasileiro de Marcas & Pilotos de 1994, Campeão do Torneio Pirelli e do Torneio Banco GM em 1996 e Vice do Torneio Pirelli em 1997 (torneios disputados dentro do Campeonato Brasileiro de Stock Car).
No dia 7 de Setembro de 1998 o destino pregou uma peça na família, nos amigos e nos amantes do Automobilismo: um acidente de trânsito nos tirou Alessandro Weiss, que desde então acelera em outras pistas, juntamente com grandes nomes do Automobilismo Catarinense, Paranaense e Brasileiro.
Alessandro faleceu quando estava na sua melhor fase na carreira, ocupando a 4ª colocação na classificação da geral do Brasileiro de Stock Car, brigando com feras como Ingo Hoffmann, Xandy Negrão, Paulão Gomes, Chico Serra, Carlos Alves e tantos outros grandes nomes do Automobilismo Brasileiro.
Abaixo reproduzo a história da família Weiss, contada pelo Sr. Rodolfo, pai de Alessandro:
“A paixão pelo automobilismo de competição começou em meados dos anos 60, quando as competições eram realizadas pelas ruas da cidade de Itajaí, entre pilotos locais, de outras cidades e também de outros estados, destacando os pilotos de Itajaí Toninho Ramos, Toninho da Sinca, Zé Doido, os irmãos Jali e Jairo Espíndola. De Lajes, os primos Plínio e Arno Luersen e Eli Batistella. De Rio do Sul, Menelau Claudino sendo que a grande sensação era o piloto paulista de Piracicaba, Max Weise. Estava então implantado o vírus do automobilismo na Família Weiss.
Entretanto, foi somente no início dos anos 80 que começaram em Santa Catarina, com as famosas ‘carreteras’, as fantásticas corridas na terra, com competições nas cidades de São Bento do Sul, Canoinhas, Mafra, Rio Negrinho e em Balneário Camboriú sendo este, em traçado misto de uma reta nas areias da praia e uma outra retornando pela Avenida Atlântica com piso em paralelepípedos. Mais tarde transferida para Camboriú no Autódromo da Figueira Grande.
Em 1982, de uma amizade de três grandes amigos, Cláudio Amorim, Oscar Chanoski e Rodolfo Weiss, nascia um equipe automobilística, a equipe Weiss, campeã na categoria Opala 5000 no seu 2º ano de existência. Nessa época, o Alessandro, com idade de 10 anos, participava ativamente ajudando com as placas de sinalização entre outras atividades dentro da equipe.
Em 1991, começaria então a história de um grande piloto, Alessandro Weiss quando, aos 19 anos de idade, no autódromo de Curitiba, participando em duas categorias, a 2000cc e Força Livre, fez sua primeira corrida ao lado do seu companheiro Oscar Chanoski com quem fazia dupla em pista de asfalto.
Este foi o início de uma grande carreira automobilística passando por corridas disputadas na terra e também no asfalto e encerrada tragicamente em 7 de setembro de 1998 em um acidente fora das pistas. Neste período, Alessandro corria como piloto na principal categoria do automobilismo brasileiro, a Omega Stock Car A e estava em 4º lugar no campeonato”.


Alessandro Weiss (na extrema esquerda) e seu pai Rodolfo Weiss (na extrema direita) sempre estavam juntos nas pistas, primeiramente comemorando as conquistas de Oscar Chanoski (macacão vermelho), piloto da Equipe Weiss, e mais tarde nas conquistas de Alessandro. Na imagem também aparece Edson Gil Marchetti, de macacão azul.
O primeiro carro de Alessandro...
... um Passat, que era utilizado nas corridas de terra e de asfalto.
Alessandro e o Sr. Rodolfo em um bate papo com Lizandro "Papagaio" Vacari (macacão preto).
Alessandro Weiss (Gol 37 - Weiss) dividindo a curva com Luís Carlos Frantz (Gol 14 - Sucata), sendo observado por Leomar "Zé" Fendrich Júnior (Gol 2 - Sicap Escapamentos).
Largada no "Vale dos Cobras", em Camboriú, com Alessandro Weiss (Gol 37 - Weiss) 'puxando a fila', seguido por João Carlos Salomão (Gol 12 - Antarctica), Roberto "Beto" Pruner (Uno 57 - Rivel), João Finardi (Gol 8 - Antarctica) e Luís Carlos Frantz (Gol 14 - Kaiser)...
... e depois contornando a primeira curva, mantendo a liderança...
... e o troféu conquistado com a vitória.
Em Joaçaba, Alessandro faz pose ao lado de seu carro.
No "Vale dos Cobras", Alessandro é seguido por Roberto "Beto" Pruner.
Alessandro Weiss cercado por dois grandes incentivadores: seu pai, Rodolfo Weiss e Jairo "Japonês" (de óculos).
Homenagem da Revista Pista Livre ao Campeão.
Alessandro recebendo o troféu de Campeão em 1994, tendo a sua esquerda o Vice Campeão, Luís Carlos Frantz e a sua direita o Terceiro, João Carlos Salomão.
Alessandro disputando etapa do Campeonato Brasileiro de Marcas & Pilotos...


... e acima alguns dos carros utilizado por Alessandro enquanto disputou o Brasileiro de Stock Car.
Esta é a imagem que eu guardo de Alessandro Weiss: um vencedor e uma pessoa feliz.
Com certeza Alessandro está ao lado do nosso Pai olhando por nós, mas faz muita falta por aqui...

Agradeço muito a toda família Weiss, em especial ao Sr. Rodolfo e a Tamara, pai e irmã do Alessandro, respectivamente, pela colaboração.

Fotos: Acervo pessoal família Weiss / Revista Pista Livre

7 comentários:

Anônimo disse...

Francis,
Em nome de toda a minha família agradeço demais a homenagem feita ao Alessandro. Ficou realmente muito bonita e recorda com perfeição sua carreira, além de demostrar todo amor que ele tinha pelo automobilismo. Muito Obrigada!!!
"Ninguém pode expressar o vazio deixado no cockpit da vida pelo nosso "anjo". Ele sim foi integrar a categoria mais alta que alguém pode alcançar, a galeria dos campeões celestiais mas com certeza estará sempre conosco a cada volta nesse circuito da vida!"

Anônimo disse...

Olá Tamara!
Obrigado pelas palavras. O Alessandro merece muito mais, pois além de ter sido um piloto excepcional, era um pessoa muito querida por todos.
Estive com o 'seu' Alex (fotógrafo) ontem em Lontras e ele me mostrou uma foto do túmulo do Alessandro com um troféu em cima, e nós nos emocionamos na hora.
Foi de arrepiar...
Um grande abraço para toda sua família e obrigado pela contribuição com o material

Rampelotti disse...

com certeza Alessandro Weiss foi um grande incentivador pra muita gente que anda na terra hoje. Posso falar pois é assim pra mim. Hoje mesmo ainda estavamos falando de como era agressiva a tocada dele, lembro de como ele fazia o final da reta no Vale dos Cobras, era de arrepiar...
Fica com Deus Alessandro.

Anônimo disse...

GALERA!! FALOU EM CARRO, MOTOR, GASOLINA,ÓLEO, FUMAÇA, FALOU O MEU IDIOMA!!SOU DOENTE POR CORRIDA, E OLHA QUE SOU DO TEMPO DOS PEGAS DE CHÃO.POIS SOU FILHO CAMBORIÚ, ONDE TIVEMOS POR POUCO TEMPO O AUTÓDROMO FIGUEIRA GRANDE!!CORRIDAS FANTÁSTICAS!CONHECI DE PERTO O ALESSANDRO, NA ÉPOCA DO VALE DOS COBRAS! O CARA ERA IMBATÍVEL!SAUDAES DO PILOTO QUE TRANSFORMOU O NOSSO AUTOMOBILISMO(REGIONAL/NACIONAL) É ISSO PESSOAL! ABRAÇO A TODOS!CACINHO -CAMBORIÚ

Anônimo disse...

esse golzinho 37 era imbatível. Mito de Itajaí

Anônimo disse...

O cara era fera.
Meu pai(Tula) era o mecânico do carro dele meu pai que transportava no jacaré laranja dele

Francis Henrique Trennepohl disse...

Que legal!! "Tula" sempre muito gentil!