segunda-feira, 15 de março de 2021

Imagem do Dia (I)

Autódromo de Chapecó, 1996.
Leomar "Zé" Fendrich Júnior (Gol 2), Alceu Feldmann Filho (Gol 1), Alexandre Rigon (Gol 20), Gordon Schultheis / Lizandro "Papagaio" Vacari (Gol 6), Edson Dalla Valle (Gol 72), Osório Tomazi (Gol 9), Altair Rufatto (Gol 31), Juliano "Seco" Duarte (Gol 36), Enio Andreani (Gol 30), Alencar Franceschini (Gol 3), Admir "Niki" Chiesa (Gol 22), Claudinei "Barriga" De Fáveri (Uno 61), Paulo Pozza (Gol 11) e Gilmar Florão (Voyage 15).

Detalhe importante: dos 15 pilotos inscritos nos 14 carros da Marcas "A" nesta etapa, 7 pilotos eram de Chapecó, 1 de Concórdia e 1 de Xanxerê. Isso ajuda a explicar, de maneira didática, porquê existia automobilismo no Oeste Catarinense.

Foto: Acervo Alex "Xerife" Fernandes

10 comentários:

Adolf Schartner disse...

Show de roda, Francis. A pista parece um asfalto. Nem poeira tem.

Angelo PontaRacing disse...

Pra mim a fórmula sempre foi simples e ao msm tempo complicada: aonde tem pista tem piloto. Exemplo é aqui em Ponta Grossa, qdo fechou o autódromo se contava nos dedos os pilotos que se mantiveram em atividade. Hoje, tem dezenas de carros e pilotos.
Mas manter autodromo hj em dia tem um custo enorme, por isso sou a favor de copas regionais que se tornam base para um campeonato estadual.

Francis Henrique Trennepohl disse...

Pois é, Adolf, lembro de apenas uma única prova que teve muita poeira em Chapecó. Era um período de grande estiagem e contra a natureza não tem como lutar. Fora essa ocasião, sempre a pista foi muitíssimo bem preparada e as corridas lá excelentes.

Guaraná, aí vem aquela frase do segredo de Tostines: "é fresquinhos porque vende mais ou vende mais porque é fresquinho?". Adequando: por ter um autódromo a cidade e a região tem muitos pilotos ou porque tem muitos piloto na cidade e região que se tem um autódromo?
Nesse caso eu arrisco dizer que é por causa do autódromo que muitos pilotos locais se interessam.
No caso das pistas do oeste catarinense (São Carlos, Chapecó e Joaçaba), os pilotos locais faziam metade do campeonato correndo praticamente "em casa", tanto é que tínhamos pilotos de tudo quanto é cidade do oeste e meio oeste, e hoje em dia são poucos os que representam essas regiões.
No caso dessa foto aí (e tantas outras provas) o grid foi "salvo" justamente pelos pilotos locais.

Não quero escrever um livro aqui, mas é só pegarmos na época que inaugurou Lontras a quantidade de pilotos da região que tinha andando (Rio do Sul, Laurentino, Taió, Pouso Redondo, Presidente Getúlio, Blumenau, etc., etc.). A mesma coisa vale pra São Bento, Joaçaba, Lages, Mafra, Santa Cecília, Camboriú, Ascurra,...

Adolf Schartner disse...

Quanto a manter um Autódromo funcionando, o Ângelo esta coberto de razão. Quase nunca a conta fecha. Não fosse o Seo Carlos Soares, que não mede esforço e dedicação, não sei se o autódromo de Ponta grossa estaria em atividade.

Francis Henrique Trennepohl disse...

Esqueci de comentar sobre isso: concordo com vocês! Os custos e a burocracia pra realizar uma etapa são absurdos, por isso já disse várias vezes (e espero estar enganado!!!) que a VNT não vai durar muito tempo...

Angelo PontaRacing disse...

Sim no exemplo do Tostines, é o que eu me referi: pra ter um precisa do outro e vice versa. As as proporções autódromo/pilotos tem que crescer proporcionalmente.

E sobre o que vc falou de correr em casa, é o que citei dos regionais. Antes era barato ir correr longe, 400, 500 km. Hoje cada vez fica mais inviável, por isso acredito que a fórmula dos regionais e algumas dessas etapas valendo pra um estadual é a que mais funciona. Não é ideal, mas é um caminho.

PS: antes que alguém fale mimimi, eu sei que é mto mais fácil escrever do que realizar, só expressei o que acho pq vc levantou uma bola aí... mas como a maioria, não levem a sério o que escrevo hahaha

Francis Henrique Trennepohl disse...

É exatamente isso sobre a distância e por consequência o frete. Hoje, se eu fosse contratar uma plataforma pra correr em São Bento ou Ascurra, não sai por menos de 1.800. Se fosse pra Chapecó, é na faixa de 3.000 (ida e volta, obviamente).
Na atual conjuntura, só o frete já inviabiliza o meu lado.

Marcelo Cancian disse...

Belíssima imagem,saudades desse tempo....
Infelizmente no automobilismo,ou o cara tem grana para se manter,ou não corre,da pra contar nos dedos os pilotos que se mantém somente com o patrocínio,coisa muito rara hoje em dia....
Uma pena a coisa andar por esse lado......

Ike Nodari #41 disse...

Desculpem pelo comentário, mas acho que tem piloto que só corre se for no quintal de casa. Infelizmente o automobilismo é um esporte caro e não se tem uma luz no fim do túnel que possa mudar essa realidade. Nem os clubes e nem a Fauesc têm estrutura para bancar custos que viabilisem a participação de um maior número de pilotos. Talvez o Angelo tenha razão sobre as copas regionais. Como bem disse o Francis, o futuro da VNT não é nada promissor. Espero que estejamos todos enganados.

Francis Henrique Trennepohl disse...

Infelizmente é "$imples" a$$im, Marcelão!

Ike, é verdade, mas hoje em dia praticamente não tem mais pilotos no oeste. Restaram poucos no meio oeste.
Se ainda tivesse uma turma grande de Chapecó e região, as provas lá possivelmente nunca teriam parado e os grids seriam bem razoáveis.
Vamos torcer por um futuro melhor, mesmo que as perspectivas não sejam as melhores...